L'Art D'Être Mère en Afrique

By: Carolina Damásio, Young Champion of Maternal Health

This blog post was contributed by Carolina Damásio, one of the fifteen Young Champions of Maternal Health chosen by Ashoka and the Maternal Health Task Force at EngenderHealth. She will be blogging about her experience every month, and you can learn more about her, the other Young Champions, and the program here.

Scroll down for an English translation of this post

E novembro foi o mês que escrevi o projeto que realizarei nos próximos meses no Mali. Com o título “A arte de ser mãe na África “, tem como objetivo geral contribuir com a melhoria da saúde materna entre o grupo das jovens migrantes que trabalham como ajudantes familiares na região de Bamako, Mali, visando uma melhoria nos indicadores de saúde no grupo em questão.

Dentre as atividades propostas, além do curso de formação em saúde com as jovens grávidas, desenvolvimento de novas estratégias de comunicação para o grupo, melhoria da comunicação ao nível das ONGs, gravação de vídeo-documentário também serão objetivos do projeto.

Escolhi a fotografia como uma das técnicas artísticas a serem utilizadas nos primeiros encontros, como forma de melhorar minha comunicação com as jovens grávidas, visto as barreiras culturais e de língua que enfrentarei durante os encontros. As meninas poderão expressar os seus sonhos, medos, dúvidas e esperanças por meio de fotos tiradas por elas mesmas, sendo a fotografia um forte e universal meio de comunicação…

Neste mês de novembro visitei alguns projetos da APAFE, ainda na área da proteção da infância, que procura reinserir crianças e adolescentes na escola. Segue algumas fotos e vídeos das visitas.

Junto com duas novas estagiárias da APAF francesas que agora me ajudam no projeto, comecei a selecionar jovens migrantes que procuram a organização para a gravação de vídeos, com as suas histórias de vida e também procurando fazer um resgate das canções de ninar e outros aspectos da cultura local relacionada a gestação, visto o frágil vínculo materno-infantil que parece existir de uma forma geral no Mali. Segue uma entrevista com uma das meninas.

No momento estou realizando visitas em outras ONG´s de Bamako que trabalham com as jovens filhas migrantes vítimas de gravidezes indesejadas e fechando parcerias para começar o projeto junto a estas outras organizações também. Ums delas, Bici Mali, oferece em sua estrutura acolhimento para as meninas grávidas e será uma das organizações contempladas com o projeto.

Algumas das estatísticas das minhas pesquisas nas últimas semanas sobre a saúde da mulher no Mali:

  • Population : 22 % composé de femmes en âge fertile. Le taux de fécondité présente un taux de 6.6 enfants par femme (chiffres de 2009)
  • Mortalité infantile au niveau mondial (103/1000 bébés nés vivants en 2008)
  • Mortalité maternelle étant encore une cause fréquente parmi les décès féminins, estimée en 2006 à 464/100000 habitants
  • Conformément aux chiffres de 2009 du Ministère de la Santé du Mali, seulement 37% des femmes ont eu une couverture de consultations prénatales effectives
  • 40 % des accouchements ont eu lieu sans aucun type d’assistance
  • L’excision est estimée à 85% en 2009
  • L’âge de la première gestation -18.9 ans
  • Le groupe des adolescentes constitue 21 % des femmes en âge de procréer
  • les chiffres du ministère de la santé montrent que 30 % des jeunes filles (adolescentes) ont au moins un enfant et 5% sont enceintes
  • A l’âge de 17 ans, 4 filles sur 10 ont des enfants

 

The Art of Being a Mother in Africa

November was the month I wrote what my project will accomplish in the coming months in Mali. Titled “The Art of being a Mother in Africa,” it aims to contribute to the overall improvement of maternal health among the group of young migrants who work as caregivers in the region of Bamako, Mali, seeking an improvement in health indicators in that group.

Among the proposed activities (in addition to on-going training in health with young pregnant women) are developing new communication strategies for the group, improving communication at the NGO level, and a documentary video recording.

I chose photography as the artistic technique to use in the first meetings as a way to improve my communication with the young pregnant women because of cultural and language barriers that we face during the meetings. Girls can express their dreams, fears, doubts and hopes through pictures taken by themselves, and the image is a strong and universal means of communication.

In November I visited some projects of APAF (the organization of Ashoka Fellow Jacqueline Goïta), still in the area of protecting children, which seeks to reintegrate children and adolescents into school. Here some pictures of the visits.

Along with two new interns from the French APAF who now help me in the project, I started selecting young migrants being helped by the organization to record video of their stories of life. I’m looking to revive the use of lullabies and other aspects of local culture related to pregnancy, given the fragile mother-child bond that seems to exist in general in Mali.

At the moment I am performing research on other NGOs working in Bamako with the young migrant victims of unwanted pregnancies and closing partnerships to get the project together with these other organizations as well. One of them, Bici Mali, in its structure provides shelter for pregnant girls and will be one of the organizations awarded the project.

Some of the statistics of my research in recent weeks about the health of women in Mali:

  • Population: 22% of women are of childbearing age. The fertility rate has a rate of 6.6 children per woman (2009 figures)
  • Infant mortality in the world (103/1000 live births in 2008)
  • Maternal mortality is still a common cause of death among women, estimated in 2006 to 464/100,000 population.
  • According to 2009 figures from the Ministry of Health of Mali, only 37% of women had an effective coverage of antenatal care and 40% of deliveries took place without any kind of assistance.
  • FGM is estimated at 85% in 2009
  • The average age of first pregnancy – 18.9 years
  • The group of girls is 21% of women of childbearing age
  • Figures from the Ministry of Health show that 30% of young girls (teenagers) have at least one child and 5% were pregnant.
  • At the age of 17 years, 4 out of 10 girls with children.